Sabem aquela lista mental que todos temos? Aquela lista cheia de coisas que sempre quisemos aprender, mas que por algum motivo — falta de tempo, preguiça, prioridades ou aquela sensação de “um dia, quando puder” — nunca passaram de ideias? Pois bem, este é o meu pequeno confessionário de curiosidades adiadas.
Guitarra (ou outro instrumento) | Imagino-me sempre numa roda de amigos, a puxar uma guitarra e a tocar uns acordes com estilo. A realidade? A minha guitarra está num canto do quarto a servir de cabide para t-shirts.
Astronomia | Olhar para o céu estrelado e conseguir identificar constelações, buracos negros, galáxias... Parece mágico. Já vi vídeos no YouTube, mas nunca me aprofundei verdadeiramente. Quem sabe um dia, quando as noites forem mais longas.
Programação | Já tentei umas três vezes abrir o Python. Segui tutoriais, mas sinto-me como se estivesse a tentar decifrar um idioma alienígena. Talvez quando tiver mais coragem para dominar essa linguagem secreta.
Línguas (Japonês, Coreano, Islandês, Turko, Alemão) | Sempre quis ver séries sem legendas. Ou só dizer “olá” em Islandês ou Turko, ou tentar uma conversa simples em Alemão para impressionar amigos. Mas nunca passei dos cumprimentos básicos.
Fazer pão do zero | Impressionar a família com um pão caseiro e fresco parece o auge da autossuficiência. Mas o fermento assusta-me, e tenho medo de acabar com uma pedra comestível.
Dança (Kizomba, danças urbanas) | Sempre quis entrar numa pista com confiança, como nos filmes. O corpo, porém, parece ter outros planos e diz “não” antes de sequer tentar.
Surf | Sempre achei o surf fascinante. A ideia de estar ali, no meio do mar, em equilíbrio sobre uma prancha, a domar ondas como se fossem extensões do próprio corpo - parece tão cinematográfico quanto impossível. Já pesquisei aulas, já vi vídeos no Youtube com títulos como "Aprenda a surfar em 7 dias", e até considerei comprar uma prancha (spoiler: não comprei). Mas a verdade é que continuo na areia, literalmente. Talvez um dia ganhe coragem de enfrentar o mar, ou pelo menos de vestir o fato de Neoprene sem parecer um robô desajeitado.
E tu? O que gostavas de aprender, mas nunca começaste?
No fundo, acho que estas coisas fazem parte da nossa essência: aquele misto de curiosidade e hesitação. Talvez um dia eu — e tu — comecemos a riscar alguns destes desejos da lista.
Até lá, fica a vontade boa de querer sempre aprender algo novo.
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