Estes meses não vi muitos filmes, fiz mais maratonas de séries. Acho que me estão a faltar aqui mais uns quantos, mas não os apontei e a minha cabeça já não tem a mesma memória que tinha e não me recordo quais eram. Aqui fica a minha opinião sobre os que vi.
Malcolm & Marie | Bom, só pelos actores fiquei com curiosidade de o ver, para além de ser escrito e dirigido pelo Sam Levinson, o criador de Euphoria. Este filme é passado em uma só noite e temos o Malcolm que é um cineasta em ascensão e a Marie sua namorada atriz. Todo o filme é passado com uma tensão incrível, de lavagem de roupa suja, discussões, pazes, trocas de ideias e de conhecimento. Ela é super infeliz com a vida e escolhas que tem feito, ciumenta, e mal interpretada. Ele é super infeliz porque não a percebe, fala demais e tem atitudes soberbas. Típico casal que não consegue estar bem e que até um cotão de pó é motivo de discussão. Todo o cenário é fabuloso.
Loco por Ella | Filme espanhol partilhado pela Netflix, é uma comédia romântica como qualquer outra. Temos o Adri que é jornalista e gosta de farra e só tem relacionamentos de uma noite e depois temos Carla que pensa da mesma maneira que ele. Ficam nessa noite e depois cada um seguiu a sua vida. Só que para ele foi a melhor noite da sua vida. Não sabendo o nome completo dela nem o número de telefone, ele nunca mais a encontra. Até que descobrem que ela é uma paciente de um hospital psiquiátrico. Ele interna-se lá para ficar ao lado dela, mas as coisas tomam um rumo bem diferente. É um filme cheio de histórias e de momentos super engraçados. Leva-nos até a questionar a LOUCURA, “ louco nada mais é do que quem não segue os padrões definidos, ainda que estes sejam uma completa loucura” Utilizam o humor e o romance para a complexa e triste situação dos pacientes psiquiátricos. É um filme sensível, divertido e agradável.
I used to go here | Aqui temos Kate, uma escritora de 35 anos que regressa à faculdade para dar uma palestra sobre escrita, depois de ter lançado o 1 livro que não teve grande êxito. Trata a nostalgia de voltar onde já fomos felizes. É uma comédia divertida apesar de tudo correr mal com a vida dela, a turnê do livro é cancelada, as amigas estão todas grávidas, passa o dia a ver o instagram do ex-namorado. Até que faz amizade com um grupo de rapazes que vive na mesma casa que ela vivia a 15 anos atrás. Aquelas mulheres que não sabem quando crescer. É um filme super irônico que tenta mostrar que é suposto envelhecermos mesmo nos sentindo nós mesmos.
Penguin Bloom | Conta a história da Sam Bloom depois de um acidente quase fatal que a deixou paralisada. É uma mãe que ficou com o mundo virado de cabeça para baixo. A família luta para se ajustar a esta situação e trauma. Os filhos encontram uma ave bebé ferida e decidem chamar de Pinguim porque é preto e branco. A chegada do pássaro é quase uma benção para esta família que já estava mais que separada por todo o amargor de Sam que não tem vontade de viver como está. Mas este pássaro especial faz com que Sam tenha vontade de viver novamente.
To All the Boys, Always and Forever | Mais uma comédia romântica, como não poderia deixar de ser. Mas não tenho muito a dizer sobre este filme, mais do mesmo… continuação da trilogia.
Into the Beat | Gosto de filmes de dança e este estava lá no Netflix, são quase todos com o mesmo enredo, Bailarina que descobre o hip-hop e tem de tomar uma difícil decisão.
Amor ao Quadrado | Mais uma comédia romântica e desta vez polaca. Temos Monika que é professora e tem uma vida secreta como modelo para pagar as dívidas do pai. E depois temos o Enzo que é jornalista, mulherengo e que foi obrigado pela chefe, e amante, a aparecer num anúncio. Os dois modelos tornam-se inimigos. E depois acabam por se apaixonar etc etc etc ….
El Fotografo de Mauthausen | Já vos disse que adoro o Mario Casas, não já?! Este é mais um em que ele entra e tenho que vos dizer que grande PAPELÃO. Conta a história de Francesc Boix, um ex-soldado que lutou na Guerra Civil da Espanha preso no campo de concentração de Mauthausen durante a Segunda Guerra Mundial. Para tentar sobreviver, torna-se o fotógrafo do diretor do campo. Quando ele descobre que o Terceiro Reich perdeu para o exército soviético na batalha de Stalingrado, ele torna a sua missão salvar todos os registros e fotografias dos horrores realizados no local. Mais um óptimo registo da história do mundo.
Whale Rider | Acho que já escrevi sobre este filme no blog a algum tempo atrás, vi este filme no cinema São Jorge há mais de 15 anos e na altura marcou-me imenso e ficou como o “MEU” filme. Adorei a história da Pai. Passa-se numa aldeia costeira da Nova Zelândia onde o título de Grande Chefe vai passando de geração em geração, numa tradição que dura há mais de mil anos. O sucessor do atual Grande Chefe tem dois gémeos, um rapaz que morreu com a mãe no parto e uma rapariga, Pai que sobrevive. Abalado com a morte do filho e da mulher, Porourangi parte para a Alemanha e deixa a filha ao cuidado do avô, Koro, o Grande Chefe.
Passados 12 anos, Porourangi regressa a casa e recusa o seu destino de sucessor de Koro, que cego pelo preconceito, não se convence que Pai é a natural herdeira, então manda chamar todos os rapazes de 12 anos para tentar encontrar o novo líder. Mas depois de tudo e todas as tentativas que Pai teve com o Avô para lhe mostrar que ela também podia fazer tudo o que um rapaz faz, a resposta vem do fundo do oceano. As baleias vêm a terra para mostrar a Koro que Pai é a nova líder. Então Pai, para salvar todas as baleias que tinham vindo dar à terra, deita-se em cima de uma que a leva para o fundo do mar. Este filme é mágico, ganhou imensos Festivais e a Pai (Keisha Castle-Hughes) foi nomeada para o Oscar de melhor actriz. É um ótimo filme para se ver em família.
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