há coisas na vida
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— Acho melhor voltarmos, está quase a nascer o sol e estou a ficar com frio — Disse a levantar-me, mas rapidamente sinto as mãos dele a puxarem as minhas.

— Gostei mesmo muito de te conhecer. Esta foi a melhor parte do meu dia.

Agarrei-lhe a cara e beijei-o carinhosamente. Este homem estranho, simples e engraçado fez também o meu dia. Ele abraçou-me e continuou o beijo. Entreguei-me totalmente ao carinho que me deu e deitamo-nos ali mesmo no chão do terraço. Ele beijou-me e acariciou-me as coxas. Desci o vestido e ajudei-o a tirar a T-shirt. A pele dele tinha um cheiro suave. Ele desceu devagar até aos meus seios e olhou-me a pedir permissão para continuar, eu apenas sorri e mordi os lábios. Ele sugou-me os mamilos e apertou os meus seios contra a cara. Eu estava extasiada! Fiquei por cima dele, ainda colocando os meus mamilos na boca. Senti-o pronto para me receber e então rebolei por cima da calça.

— Laura… — As mãos dele apertavam o meu rabo por baixo do vestido e ritmava o meu vai e vem. Comigo sentada no colo e de frente para ele, afastei a minha cueca… abri-lhe a calça e voltei a sentar-me. Senti toda a tensão esvaindo-se a cada investida. Para cima e para baixo, para cima e para baixo. Beijamo-nos como um casal apaixonado. Gozei ainda com ele em mim, que me fodia devagar. Ele levantou-me e debruçou-me sobre o muro. Empinei o rabo e ele não perdeu mais tempo, voltou a investir, só que desta vez com mais força e rapidez. Eu gemi sem parar. As minhas pernas já estavam a começar a enfraquecer, ele segurou-me pela cintura e deu três investidas fortes para gozar e soltar um sorriso. Sentei-me no muro de frente para ele. Beijamo-nos e rimo-nos à gargalhada. Não havia necessidade de dizer mais nada. Agarrámos nas nossas coisas e descemos em silêncio. Parámos no meu andar, onde demos mais um beijo.

— Obrigado — Disse ele com aquele sorriso que me derrete.

As portas do elevador fecharam-se e eu fiquei ali a pensar no que tinha acabado de acontecer.


Juntei-me novamente à Joana que reclamou logo a minha demora. Não lhe contei nada do que tinha acabado de acontecer, tínhamos tempo de falar sobre o assunto até porque sabia que ela não se ia calar e eu queria curtir o concerto.

As pessoas começaram a sentar-se nos lugares ainda vagos e a juntarem-se mais perto do local onde o “corredor” ia tocar. Finalmente ele apareceu com a sua viola e começou. Trocamos olhares várias vezes e dancei muito ao som da sua música fantástica.

Já era tarde, quando o Paulo finalmente chegou à nossa mesa e perguntou se se podia sentar, respondemos claramente que sim e a Joana agradeceu também a garrafa de vinho. Olhei para ele, e achei-o ainda mais bonito depois de conhecer este lado de artista, surfista, Peace and love, além do seu lado “corredor”.

— O concerto foi fantástico, parabéns, gostei imenso. — Disse a Joana.

— Obrigado, e obrigado por terem ficado. Foi apenas algo pequeno para entreter alguns amigos. E tu? — Pergunta-me. — Gostas-te?

— Sim, também gostei muito, parabéns. — Disse envergonhada.

— Bem está tarde, vamos Laura? — Disse a Joana a levantar-se e colocar a mala ao ombro.

Sinto o olhar dele, quase a suplicar para ficar, olhei para a Joana que depois do dia que teve não a queria deixar sozinha…

— Sim Joana vamos, está tarde, e amanhã tenho uma reunião cedo — Disse a olhar o relógio.

— Posso ficar com o teu número? — Perguntou o “corredor”, estendendo o telemóvel dele para eu digitar.

— Sim claro. Depois combinamos algo com mais tempo. Mais uma vez obrigada.

Ele levantou-se para se despedir e ficamos novamente frente a frente, dêmos um abraço demorado.

Já no carro, a caminho de casa, começa o interrogatório da Joana, claro.

— Laura, o que foi aquilo? Até eu senti a tensão, ou tesão ou lá o que foi aquilo!

— Estás a falar de quê? Tem juízo, estou com o Fred, poupa os teus comentários Joana. — Eu queria acreditar mesmo nas palavras que estava a dizer, mas realmente também senti… o que foi que senti? Não faço ideia, mas senti algo!

Estava a preparar-me para me deitar quando recebi uma mensagem:

“Uma pena não teres ficado. Bj Paulo”

“Sim, foi pena… haverá de certeza outras oportunidades, mas não podia deixar a Joana sozinha”  — Respondi.

“Já conheces o 12º andar do teu prédio?”

Não percebi a mensagem, e como sabia ele que o meu prédio tinha 12 andares!

“Como é que sabes que o meu prédio tem 12 andares?”

“Estou à tua porta… Queres descer?”

“Estás a seguir-me?”  — Perguntei preocupada, não o conheço assim tão bem para aceitar que um estranho me siga até casa.

“Laura, apenas acho que devíamos acabar a nossa noite de outra forma. Não me conformo com o desfecho. E não, não te estou a seguir!”

“Vou abrir, encontramo-nos lá”

Estava realmente preocupada, e queria tirar a limpo, como raio descobriu ele onde eu moro!

Tirei o pijama, e vesti algo mais composto.

Puxei o elevador e quando as portas abriram, lá estava ele, o “corredor” com um sorriso de orelha a orelha. Entrei no elevador e ele segurou-me a mão. Subimos então até ao topo do prédio. Abriu a porta e segurou-a para eu conseguir passar. Era uma área de lazer, só que abandonada, ninguém usava aquela zona a não ser quando havia reuniões de condomínio. Nunca tinha subido lá acima. Sentamo-nos no muro e conversamos durante o resto da noite sobre tanta coisa que nem demos pelas horas passarem. A vista era linda, a nossa cidade era realmente linda.



Episódio 4: “Reflexões Profundas no Repor de Camisolas”

Arrumar roupa parece um ato banal, certo? Errado. É quase uma meditação forçada — uma pausa no meio do turbilhão do dia em que a mente vagueia e, sem pedir licença, começa a filosofar.

Cena 1: O ciclo infinito
Tiro uma camisola dobro, repito. Dobro, dobro, dobro.
Parece que as camisolas se multiplicam sozinhas. Será que têm vida própria? Estarão a conspirar contra mim?
Enquanto dobro, penso naquelas coisas que adoramos e que acabam a acumular nas prateleiras, esquecidas, como ideias que nunca saem do papel.

Cena 2: Sobre o tempo e as prioridades
Dobrar t-shirts ensina uma lição brutal: há coisas que podemos controlar (o alinhamento perfeito das mangas), e há outras que simplesmente escapam (o cliente que aparece do nada a pedir ajuda).
Será que estamos a investir o nosso tempo nas coisas certas? Ou só estamos a dobrar roupa enquanto o mundo lá fora arde de urgência?

Cena 3: A tempestade silenciosa
O silêncio da loja é cortado pelo barulho das roupas a serem manuseadas, clientes a passarem, murmúrios de decisão sobre “levo este casaco ou não”.
No meio disso, a mente vai para longe: para os sonhos deixados para trás, para os planos que ficaram no papel, para a vontade de mais tempo para nós.

Cena 4: A simplicidade do momento
Mas há também beleza no simples.
No momento presente.
Na camisola bem dobrada, alinhada.
Na respiração entre um cliente e outro.
Na esperança de que amanhã, ao dobrar mais camisolas, consigamos também dobrar um bocadinho mais de paz interior.

Reflexão final, 22h45:
Às vezes, a vida é mesmo isto: um constante recomeço.
Dobrar camisolas é um pouco como arrumar a cabeça — um passo de cada vez, sem pressa, tentando encontrar ordem no caos.

Moral do episódio:
Nas pequenas tarefas do dia a dia, encontramos reflexões grandes o suficiente para encher uma vida inteira.
Até na dobra de camisolas.

— Ah OK — Claro que corei, e não fui capaz de fazer nem dizer mais nada.

— Conheces? — Perguntou a Joana.

— Não! Mas parece-me um rapaz com quem me cruzei á pouco quando fui fazer a minha caminhada, ele também estava a correr e perguntou-me as horas porque tinha ficado sem bateria no relógio.

— Pois, sei! – Disse com desdém.

— Estou a falar a sério Joana, por quem me tomas! Aliás, estou com o Fred!!

— Eu não disse nada! Não precisas de te desculpar, nem ficar tão nervosa!

— Não me estou a desculpar, apenas respondi à tua pergunta.

— Ok, e como é que se chama?

— Não faço ideia, não nos apresentamos… mudando de assunto, como estás com o Carlos? Já conseguiram falar sobre alguma coisa.

— Está tudo bem, ele foi voar esta semana então não está por cá, só volta na próxima segunda. Ainda não lhe disse sobre os novos acontecimentos, acho que só lhe vou contar quando ele já estiver por cá.

— Boa, porreiro — Disse, e a não conseguir tirar os olhos do “corredor”. — Vou à casa de banho antes que o concerto comece, venho já. — A Joana fez-me sinal com o copo em afirmação!

Enquanto esperava na fila para o WC, vejo o "corredor" passar, deu mais um sorriso, puxou a minha mão e disse-me que precisávamos falar. Segui-o de arrasto, de mão dada atrás dele, entrámos numa porta que dizia: “staff only”. Ele fechou a porta e eu parei ali mesmo. Era um camarim, onde os artistas se arranjavam e tinham todo o seu material. Desta vez consegui tirar-lhe a pinta com o seu cabelo comprido e queimado da praia, apanhado com um elástico no topo da cabeça. Jeans azuis claras rasgadas e t-shirt branca a contrastar com o moreno da pele. Sentou-se numa caixa de madeira e começou a afinar uma viola que ali estava.

— Tocas? — Perguntei.

— Sim, o concerto é meu, pensei que soubesses!

— Não, vim jantar com uma amiga e a rapariga que nos serviu é que nos convidou a ficar. — Cheguei-me mais perto e estendi-lhe a mão, num cumprimento chato e formal, mas que julguei ser o mais adequado — Laura.

— Paulo, muito gosto, oficialmente apresentados.

— Verdade, obrigada pela garrafa de vinho. Serias a última pessoa que pensava que iria encontrar aqui.

— Não precisas agradecer.

— Talvez depois do concerto nos possas fazer companhia e tomar um copo, da tua garrafa de vinho!

— Teria todo o gosto. Mas acho que conseguimos melhor que isto! — Levantou-se, e ficámos frente a frente, senti a mão dele na minha cintura, ele humedeceu os lábios e disse — Falamos melhor depois, agora tenho de ir, estou prestes a começar.

— Ok — Engoli em seco e acenei afirmativamente com a cabeça, senti-me nervosa pois pensei mesmo que me ia beijar — Falamos depois, boa sorte.


Episódio 3: “Clientes Bizarros e Outros Seres Mitológicos”

Trabalhar numa loja é uma experiência antropológica. Um estudo profundo do comportamento humano… com saldo.

Começa normalmente. Eu a sorrir, as calças dobradas, a loja ainda cheira a ar-condicionado fresco. Mas aos poucos, eles aparecem: os clientes bizarros. Aqueles que nos fazem questionar se estamos mesmo acordadas ou presas numa simulação maluca.

O cliente ninja
Aparece do nada. Vê-se pelo canto do olho, mas nunca se ouve. Quando damos por isso, está atrás de nós a dizer “tem isto em XL?” com um tom que mistura urgência com ameaça passivo-agressiva. Não sei como entram.
 
A cliente dramática
“Não tem este vestido em rosa velho areia esverdeado pálido?”
Digo que não. Ela suspira como se tivesse perdido um ente querido.
“Mas é que eu PRECISAVA MESMO disto!”
Precisa, amiga? De verdade? Da versão bege do rosa velho? Mando energias positivas.

A mãe distraída
A criança desapareceu entre os cabides. A mãe continua a experimentar tops como se estivesse sozinha no spa.
— “Filipaaaa? FILIPAAAAA!”
Dois minutos depois, a Filipa surge, com um chapéu tamanho adulto e três pares de meias na mão.
Eu? Só observo. Isto já é novela.
 
O provador de guerra
Tem quem use o provador para experimentar roupa… e tem quem monte acampamento.
Entram com 23 peças, saem 40 minutos depois, deixam um monte de roupas em forma de Everest.
“Gostou de alguma?”
“Não.”
Respiramos fundo. Contamos até 30. Continuamos vivas.
 
O cliente-fantasma
Fala baixo, aparece tarde, quer desconto onde não há.
“Não tem aí uns calções por cinco cêntimos?”
Amigo… nem o ar tá a esse preço.
 

Reflexão das 23h35:
Depois de 8 horas em pé, com três cafés e zero paciência, percebo que há um tipo de resistência mental que só se desenvolve no retalho.
Não é apenas vender.
É sobreviver.
É lidar com o absurdo com elegância, mesmo quando temos um soutien na orelha e uma senhora nos pede um biquíni… em dezembro.
 
Moral da história:
A loja fecha, os cabides descansam. Mas as histórias ficam. Cada cliente estranho é um episódio novo. Uma personagem. Um sketch vivo. Um lembrete de que o mundo real é mais engraçado do que qualquer sitcom.

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Eu podia olhar para trás na minha vida e tirar uma boa história dela. Sou só alguém a tentar descobrir coisas.

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